“O Brasil não precisa expandir mais áreas de assentamento, o que é necessário é disponibilizar tecnologia e educação para dentro das áreas existentes. Adiar a data do Cadastro Ambiental Rural com seus benefícios não vai mudar nada, até porque já temos aproximadamente 70% de adesão e é preciso iniciar o processo de seus benefícios”. A fala é do presidente da sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, que participou do Seminário Código Florestal e o Alcance do Desmatamento Ilegal Zero, realizado nos dias 29 e 30 de março, em Brasília, com a proposta de qualificar jornalistas para a cobertura da nova lei florestal brasileira.
Ladilson Amaral, secretário de Políticas Agrícola, Agrária e de Meio Ambiente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém (PA), esteve no evento e falou sobre o Programa de adequação de pequenos produtores e assentados ao código florestal: “O CAR deve ser visto também como uma fonte de renda para a produção. Estamos trabalhando para mostrar isso aos produtores. Na região de Santarém fizemos uma exposição técnica com comunidades distantes para informar, esclarecer ou ajudar a fazer o cadastro. Fizemos o CAR coletivo e viabilizamos o cadastramento de famílias que vivem na área do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Assim conseguimos um controle maior”, diz.
Ladilson aponta, ainda, os principais desafios para a regularização ambiental: diminuição dos impactos ambientais negativos, redução dos desmatamentos, recuperação dos recursos naturais.
Para Ricardo Ribeiro, Coordenador do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da Esalq/USP, a expansão das áreas rurais está sendo feita sem controle. Muitas delas, inclusive, não dão rendimento para o produtor.
Fonte: OCF
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