O problema é que ainda não têm volume nem força para percorrer 100 quilômetros e encher os reservatórios do Sistema Cantareira em Bragança Paulista e Joanópolis, em São Paulo. Mas é a natureza nos indicando que se preservarmos ela reage.
Nos últimos 500 anos desmatamos as nascentes e as áreas ao longo dos rios que nos abastecem de água. No passado, Minas Gerais e São Paulo brigaram por causa do ouro: foram guerras localizadas e sangrentas, todas para atender a corte. Hoje o ouro é a água. E vindo também de Minas Gerais, de Munícipios que adotam políticas de preservação dos seus rios, como o município de Extrema. Não poderia ser diferente: preservou, choveu e a água brotou.
Mas, por que não brota nos outros oito municípios paulistas que compõem a região da Cantareira?
A resposta é Simples. O desmatamento no passado foi muito grande. Enquanto nos preocupávamos, com razão, com os impactos do desmatamento na Amazônia, nos esquecemos de cuidar do quintal de casa.
Permitimos a expansão urbana desenfreada, impermeabilizamos os solos, cortamos as árvores e reduzimos a infiltração da água que alimenta o lençol freático.
Aumentou a erosão e as enchentes se multiplicaram. As mudanças climáticas explicam em parte a maior frequência de ocorrência de chuvas intensas nos últimos anos.
Mas o maior o problema foi a redução dramática da vegetação em torno das nascentes e dos cursos d´água. Nos 12 municípios que estão em volta da Cantareira, quatro estão em Minas Gerais e oito em São Paulo: Itapeva, Camanducaia, Sapucaí-Mirim e Extrema em Minas Gerais e Bragança Paulista, Vargem, Joanópolis, Piracaia, Nazaré Paulista, Mairiporã, Franco da Rocha e Caieiras, em São Paulo.
Em todos eles a situação é alarmante. Estudos da Embrapa com a Fundação Getúlio Vargas indicam que são mais de 8.100 km de rios e córregos com menos de 10 metros de largura não protegidos, em 34 mil hectares desmatados.
Existem diversos exemplos no Brasil mostrando que a simples revegetação promove a volta da água. Para iniciar essa recuperação na Cantareira serão necessárias milhões de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Muitas são conhecidas e bem estudadas. E em São Paulo estão as maiores empresas capazes de indicar as espécies e produzi-las. Pena que nada foi feito. Enquanto isso, só se fala em buscar água daqui e de acolá, e em obras de engenharia.
Nova York passou por problemas parecidos. Preservou as nascentes na áreas mais altas e revegetou as áreas de preservação permanente. Atuou diretamente naquilo que é conhecido como segurança hídrica, que é manter o ciclo hidrológico funcionando, preservando as funções hídricas da biodiversidade.
Em 17 de março de 1537, Duarte Coelho, Governador de Pernambuco, enviou requerimento à câmara de vereadores de Olinda, proibindo o corte de todas as madeiras ao redor dos ribeiros e das fontes sob pena posta em regimento. Também proibiu que os colonos jogassem lixo nos rios e nas aguadas. Temos história! Acorda Brasil! Acorda São Paulo!(Publicado originalmente no blog Retratos da Economia do website Estadão)
Eduardo Assad é pesquisador da Embrapa e pesquisador visitante da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas
Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, embaixador especial da FAO para as Cooperativas e presidente da Academia Nacional de Agricultura SNA e ex-ministro da Agricultura
The problem is that still do not have volume or strength to go 100 km and fill the reservoirs of the Cantareira System in Bragança Paulista and Joanópolis in Sao Paulo. But it is in the nature preserve indicating that it reacts.
Over the past 500 years deforest the springs and the areas along the rivers that supply the water. In the past, Minas Gerais and São Paulo fought for gold: were located and bloody wars, all to meet the court. Today gold is water. And also from Minas Gerais, of Municipalities that adopt preservation of its rivers policies, such as the municipality of Extreme. It could not be different: preserved, it rained and water sprouted.
But why does not spring in the other eight counties that make up the region of Cantareira?
The answer is simple. Deforestation in the past was very large. While we worried, with reason, with the deforestation impacts in the Amazon, we forget to take care of the backyard.
We allow unrestrained urban sprawl impermeabilizamos soil, trees cut and reduced infiltration of water that feeds the groundwater.
Increased erosion and flooding multiplied. Climate change partly explain the higher frequency of occurrence of heavy rains in recent years.
But the biggest problem was the dramatic reduction of the vegetation around the springs and waterways. In the 12 municipalities that are around the Cantareira, four are in Ontario and eight in Sao Paulo: Itapeva, Camanducaia, Sapucaí-Mirim and Extrema in Minas Gerais and Bragança Paulista, Vargem, Joanópolis, Piracaia, Nazaré Paulista, Mairiporã, Franco da Rocha and Caieiras in Sao Paulo.
In all of them the situation is alarming. Embrapa studies with the Getúlio Vargas Foundation indicate that there are more than 8100 kilometers of rivers and streams with less than 10 meters wide unprotected in 34,000 hectares deforested.
There are several examples in Brazil showing that simple revegetation promotes around the water. To start this recovery will be needed in Cantareira million seedlings of native species of the Atlantic. Many are known and well studied. And in São Paulo are the largest companies able to identify the species and breeding them. Shame that nothing was done. Meanwhile, only it comes to fetch water here and there, and engineering works.
New York went through similar problems. He preserved the springs on higher ground and revegetou the areas of permanent preservation. directly served in what is known as water security, which is to keep the water cycle working, preserving water functions of biodiversity.
On March 17, 1537, Duarte Coelho, Pernambuco Governor, sent request to the city council of Olinda, prohibiting the cutting of all the woods around the streams and fountains otherwise put into regiment. Also forbade the settlers throw garbage into the rivers and watery. We have history! Wake up Brazil! Acorda São Paulo (Originally published on the blog Pictures of Economy Estadão website)
Eduardo Assad is Embrapa researcher and a visiting researcher at the São Paulo School of Economics of the Getulio Vargas Foundation
Roberto Rodrigues is coordinator of the FGV Agribusiness Center, FAO Special Ambassador for Cooperatives and president of the National Agriculture SNA and former Minister of Agriculture Academy
El problema es que todavía no tienen volumen o fuerza para seguir 100 km y llenar los depósitos del Sistema Cantareira en Bragança Paulista y Joanópolis en Sao Paulo. Pero es en la reserva natural indica que reaccione.
Durante los últimos 500 años deforestar los manantiales y las áreas a lo largo de los ríos que abastecen el agua. En el pasado, Minas Gerais y Sao Paulo luchaban por oro fueron localizados y guerras sangrientas, todo para satisfacer la corte. Hoy en día el oro es el agua. Y también de Minas Gerais, de los municipios que adoptan preservar las políticas que los ríos, como el municipio de Extreme. No podría ser diferente: conservado, llovió y el agua brotó.
Pero ¿por qué no se origina en los otros ocho condados que conforman la región de Cantareira?
La respuesta es sencilla. La deforestación en el pasado era muy grande. Si bien nos preocupa, con razón, a los efectos de la deforestación en la Amazonía, nos olvidamos de cuidar el patio trasero.
Nos permitimos sin límites urbanos impermeabilizamos sprawl suelo, los árboles cortados y reducción de la infiltración de agua que alimenta el agua subterránea.
Aumento de la erosión y las inundaciones se multiplicaron. El cambio climático explicar en parte la mayor frecuencia de ocurrencia de fuertes lluvias en los últimos años.
Pero el mayor problema fue la reducción dramática de la vegetación alrededor de los manantiales y cursos de agua. En los 12 municipios que están alrededor de la Cantareira, cuatro se encuentran en Ontario y ocho en Sao Paulo: Itapeva, Camanducaia, Sapucaí-Mirim y Extrema en Minas Gerais y Bragança Paulista, Vargem, Joanópolis, Piracaia, Nazaré Paulista, Mairiporã, Franco da Rocha y Caieiras en Sao Paulo.
En todos ellos la situación es alarmante. Los estudios de Embrapa con la Fundación Getúlio Vargas indican que hay más de 8100 kilómetros de ríos y arroyos con menos de 10 metros de ancho sin protección en 34.000 hectáreas deforestadas.
Hay varios ejemplos que muestran que en Brasil revegetación sencilla promueve alrededor del agua. Para empezar será necesaria esta recuperación en Cantareira millón de plántulas de especies nativas del Atlántico. Muchos son conocidos y bien estudiados. Y en Sao Paulo son las más grandes empresas capaces de identificar la especie y la cría de ellos. Lástima que no se hizo nada.Mientras tanto, solamente se trata de buscar agua aquí y allí, y obras de ingeniería.
Nueva York pasó por problemas similares. Él preservó los resortes en la planta superior y revegetou las áreas de preservación permanente. directamente servido en lo que se conoce como la seguridad del agua, que es mantener el funcionamiento del ciclo del agua, conservando las funciones del agua de la biodiversidad.
El 17 de marzo, 1537, Duarte Coelho, Pernambuco gobernador, enviado solicitud al ayuntamiento de la ciudad de Olinda, que prohíbe el corte de todos los bosques alrededor de los arroyos y fuentes presentadas de otra forma en el regimiento.También prohibió a los colonos tiran basura en los ríos y acuosa. Tenemos la historia! ¡Despierta brasil! Acorda Sao Paulo ( publicado originalmente en el blog Fotos de Economía página web Estadão)
Eduardo Assad es investigador de Embrapa y un investigador visitante en la Escuela de Economía de la Fundación Getulio Vargas de Sao Paulo
Roberto Rodrigues es coordinador del Centro de Agronegocios FGV, Embajador Especial de la FAO para las cooperativas y presidente de la SNA Agricultura Nacional y ex Ministro de Agricultura de la Academia
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