Dias antes de renunciar, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral autorizou a supressão de vegetação em uma área equivalente à 24 campos de futebol para a construção da TransOlímpica, avenida que irá integrar o sistema de transporte para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016.
A área de mata que será derrubada para a obra fica na zona oeste do Rio, num local conhecido como Colônia Juliano Moreira, que fica nos limites do Parque Estadual da Pedra Branca. O parque é uma das maiores áreas de conservação ambiental do Brasil e também a segunda maior floresta urbana do mundo, com 12,5 mil hectares (125 mil km²) de vegetação.
A área que será derrubada é de 20 hectares. De acordo com o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), desse total, 19,6 hectares são de vegetação considerada de estágio médio de regeneração e outros 0,4 hectare de estádio avançado. Só é autorizada a derrubada desse tipo de mata quando não há alternativa e quando há interesse público. Para Cabral, que autorizou a supressão, a TransOlímpica é de interesse público.
De acordo com a Prefeitura do Rio, a passagem da avenida por trechos de Mata Atlântica é necessária para reduzir o impacto da obra para quem mora em Curicica, André Rocha, Guerenguê e Outeiro Santo. A Secretaria Municipal de Obras (SMO) informou que o traçado original da TransOlímpica não previa que os 200 mil m² de mata fossem derrubados. No entanto, a execução do projeto causaria a desapropriação de 497 imóveis.
“O ideal é não desmatar nada”, afirmou a jurista e professora Sonia Rabello, presidente da Federação das Associações de Moradores do Município do Rio de Janeiro, quando questionada sobre a TransOlímpica. “Reduzir o número de desapropriações é bom, mas garanto que nenhum morador ficaria chateado em deixar sua casa se recebesse um belo apartamento em troca. O problema é que a prefeitura não quer pagar por isso. Aí diz que derrubar a Mata Atlântica é uma opção. A Mata Atlântica é um bem de todos, que não tem preço.”
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