Levantamento nos autos de infração aplicados pelo Ibama desde 22 julho de 2008 revela R$ 12,7 bilhões em multas e o embargo de quase dois milhões de hectares de terras para a produção, sem a chance de regularização por meio de programas a serem implantados pelos estados e sem direito a perdão. O levantamento, feito pelo Ibama a pedido do Observatório do Código Florestal, revela multas bilionárias aplicadas a partir da data em que o novo Código Florestal não mais permitiu que proprietários rurais e posseiros se vissem livres de punições, mesmo que regularizem a situação ambiental de seus imóveis. O valor das multas cobradas pelo Ibama equivale a mais da metade dos gastos com o programa Bolsa Família em 2013. Já a área bloqueada para a produção nos imóveis rurais corresponde a quase 13 cidades do tamanho de São Paulo.
Luciano Evaristo, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, explica que os proprietários ou posseiros multados por desmatamento podem recorrer da punição. Apesar disso, segundo ele, a cobrança tem se tornado mais efetiva nos últimos anos. No caso dos embargos, o eventual descumprimento, com a manutenção de atividades agropecuárias em áreas flagradas por desmatamento ilegal, está sujeito à destruição das lavouras ou pastos. “Estamos fazendo o monitoramento dessas áreas por satélite, com imagens de alta definição”, disse Evaristo. “Em casos de violação, vamos passar o trator por cima, fazer a destruição das lavouras”. As imagens a que ele se refere foram compradas pelo Ministério do Meio Ambiente para o Cadastro Ambiental Rural, mas já são usadas para monitorar a regularidade ambiental dos imóveis.
A maioria das multas e embargos aplicados pelo Ibama pune desmatamento ilegal na Amazônia, sobretudo no Pará, Mato Grosso e Rondônia, segundo o Instituto. Embora os estados também tenham poder de fiscalizar e punir o desmatamento ilegal, a maior parte das punições está concentrada, em sua origem, no Ibama. De acordo com o órgão ambiental federal, dois motivos principais movem o desmatamento, nos autos de infração: a grilagem de terras públicas e a abertura de áreas para o agronegócio. O valor de multas acumuladas em pouco mais de cinco anos, até dezembro de 2013, supera o valor das multas que poderão ser suspensas caso os proprietários rurais ou posseiros regularizem os passivos em Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal, segundo benefício concedido pelo novo Código Florestal. O valor total dessas multas que contam com eventuais benefícios do código foi estimado em 2012 em R$ 8,4 bilhões. Entre 2012 – ano de sanção do novo Código Florestal – e 2013, houve queda tanto nas multas aplicadas, como nas áreas embargadas.
Luciano Evaristo atribui a queda ao maior cumprimento da legislação por parte dos produtores rurais, apesar do aumento em 28% do desmatamento (legal e ilegal) na Amazônia constatado pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre agosto de 2012 e julho de 2013, na última taxa oficial anunciada. Depois do período de apuração dessa última taxa, o Ibama aplicou 1.542 autos de infração por desmatamento na Amazônia, num total de R$ 550 milhões em multas. Até o final de fevereiro, o instituto havia embargado 41 mil hectares. A fiscalização apreendeu, nesse período, 46 tratores, 39 caminhões, 85 motosserras e 14 armas, além de 26 mil metros cúbicos de madeira de tora e 2,7 mil metros cúbicos de madeira serrada.
*Reprodução permitida, desde que citada a fonte.
Raising the tax assessments applied by Ibama since July 22, 2008 reveals R $ 12.7 billion in fines and the seizure of nearly two million hectares of land for production, without the chance of regularization through programs to be implemented by states and without the right to pardon. The survey, conducted by IBAMA at the request of the Center’s Forest Code, reveals billionaire fines from the date on which the new Forest Code no longer allowed rural and squatter owners found themselves freed from punishment, even to regularize the environmental situation of their properties. The amount of fines imposed by IBAMA is equivalent to more than half of spending on the Bolsa Familia program in 2013. Since the area blocked to production in rural property corresponds to almost 13 cities the size of São Paulo.
Luciano Evaristo, director of Environmental Protection Ibama explains that owners or squatters fined for deforestation can appeal the punishment. Nevertheless, he said, the collection has become more effective in recent years. In the case of embargoes on the possible non-compliance with the maintenance of agricultural activities in areas caught by illegal logging, it is subject to destruction of crops or pastures. “We’re doing the monitoring of these areas satellite, with high-definition images,” Evaristo said. “In case of violation, we will move the tractor on top, to the destruction of crops.” The images to which he refers were bought by the Ministry of Environment to the Rural Environmental Registry, but are already used to monitor environmental compliance of real estate.
Most fines and embargoes applied by Ibama punishes illegal deforestation in the Amazon, especially in Para, Mato Grosso and Rondonia, according to the Institute. While states also have power to inspect and punish illegal logging, most of the penalties is concentrated in its origin, Ibama. According to the federal environmental agency, two main reasons move deforestation in tax assessments: the illegal occupation of public lands and open areas for agribusiness. The value of accumulated fines in just over five years, until December 2013, exceeds the amount of the fines that may be suspended if the landowners or leaseholders regularize the liabilities in Permanent Preservation Areas and Legal Reserve, according benefit granted by the new Code forest. The total amount of these fines that have any benefits of code was estimated in 2012 at $ 8.4 billion. Between 2012 – sanctioning year of the new Forest Code – and 2013, there was a decrease both in fines, as in the embargoed areas.
Luciano Evaristo attributed the decline to greater compliance with the law on the part of farmers, despite the increase in 28% of deforestation (legal and illegal) in the Amazon found by the satellites of the National Institute for Space Research (INPE) between August 2012 and July in 2013, the last official rate announced. After the calculation period of the latter rate, Ibama applied 1542 deforestation in the Amazon tax assessments totaling R $ 550 million in fines. By the end of February, the institute had embargoed 41,000 hectares. The seized supervision during this period, 46 tractors, 39 trucks, 85 chain saws and 14 guns, and 26,000 cubic meters of log wood and 2.7 cubic meters of lumber.
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El aumento de las evaluaciones fiscales aplicadas por el Ibama desde julio 22, 2008 revela R $ 12,7 mil millones en multas y la incautación de casi dos millones de hectáreas de tierra para la producción, sin la posibilidad de regularización a través de programas que serán ejecutados por estados y sin derecho a indulto. La encuesta, realizada por el IBAMA a petición del Código Forestal del Centro, revela multas multimillonarias desde la fecha en que el nuevo Código Forestal ya no permitido a los propietarios rurales y marginales se vieron libres de castigo, incluso para regularizar la situación ambiental de su bienes raíces. La cantidad de las multas impuestas por el IBAMA es equivalente a más de la mitad del gasto en el programa Bolsa Familia en 2013. Desde el área bloqueada a la producción en la propiedad rural corresponde a casi 13 ciudades del tamaño de Sao Paulo.
Luciano Evaristo, director de Protección del Medio Ambiente Ibama explica que los propietarios o los ocupantes multados por la deforestación pueden apelar el castigo. Sin embargo, dijo, la colección se ha vuelto más eficaz en los últimos años. En el caso de los embargos sobre la posible falta de cumplimiento con el mantenimiento de las actividades agrícolas en las zonas capturadas por la tala ilegal, que está sujeta a la destrucción de los cultivos o pastos. “Estamos haciendo el seguimiento de estas áreas por satélite, con imágenes de alta definición”, dijo Evaristo. “En caso de violación, vamos a mover el tractor en la parte superior, a la destrucción de los cultivos.” Las imágenes a las que él se refiere fueron comprados por el Ministerio de Medio Ambiente para el Registro Ambiental Rural, pero ya se utilizan para monitorear el cumplimiento ambiental de los bienes raíces.
La mayoría de las multas y embargos aplicados por el Ibama castiga la deforestación ilegal en el Amazonas, especialmente en Pará, Mato Grosso y Rondonia, según el Instituto. Mientras que los estados también tienen facultad de inspeccionar y sancionar la tala ilegal, la mayoría de las sanciones se concentra en su origen, Ibama. De acuerdo con la agencia ambiental federal, dos razones principales se mueven deforestación en actas: la ocupación ilegal de tierras públicas y áreas abiertas para la agroindustria. El valor de las multas acumuladas en poco más de cinco años, hasta diciembre de 2013, superior al importe de las multas que pueden suspenderse si los propietarios o arrendatarios regularizar los pasivos en Áreas de Preservación Permanente y Reserva Legal, en beneficio de acuerdo otorgado por el nuevo Código bosque. La cantidad total de estos finos que tienen los beneficios de código se estimó en 2012 en $ 8.4 mil millones. Entre 2012 – sancionar año del nuevo Código Forestal – y 2013, hubo una disminución tanto en multas, al igual que en las zonas bajo embargo.
Luciano Evaristo atribuyó el descenso a un mayor cumplimiento de la ley por parte de los agricultores, a pesar del aumento en el 28% de la deforestación (legal e ilegal) en la Amazonía encontrado por los satélites del Instituto Nacional de Investigaciones Espaciales (INPE) entre agosto de 2012 y julio en 2013, el último tipo de cambio oficial anunció. Después del período de cálculo de este último tipo, Ibama aplica 1542 la deforestación en las actas del Amazonas por un total de R $ 550 millones en multas. A finales de febrero, el Instituto había embargado 41.000 hectáreas. La supervisión apoderado durante este período, 46 tractores, 39 camiones, 85 sierras de cadena y 14 armas de fuego, y 26.000 metros cúbicos de madera de registro y 2,7 metros cúbicos de madera.
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