O Financial Times (FT), um dos mais influentes jornais econômicos do mundo, cita um estudo publicado com exclusividade pelo website do Observatório do Código Florestal em matéria sobre o Código e as oportunidades da pecuária de baixo carbono na Amazônia.
O professor Gerd Sparovek (Esalq/USP) recalculou o tamanho do déficit de Reserva Legal no Brasil, levando em conta as mudanças realizadas pela reforma do Código Florestal em 2011. Os resultados, publicados primeiro aqui no website do OCF, incluíram a área de vegetação nativa que ficou desprotegida no novo Código Florestal – quase 1 milhão de km², maior que o estado do Mato Grosso.
Com link para o website do OCF, a reportagem de Joseph Leahy da sucursal do FT no Brasil, chama atenção para o fato de que ainda é possível desmatar grandes áreas legalmente e que uma das maiores inovações do Código (já prevista no Código antigo, mas nunca regulamentada) é a possibilidade de que proprietários rurais com mais Reserva Legal do que o exigido por lei possam vender este excesso sob a forma de cotas para proprietários com déficit. Os compradores usarão as cotas para fins de regularização ambiental, como manda o Código.
Sob o título de “Fazendeiros na Amazônia se adaptam à vida de Conservacionistas“, a matéria mostra como pecuaristas de Alta Floresta, em Mato Grosso, ampliaram sua produtividade – sete vezes maior em produção de leite por hectare que a média estadual – e seus lucros participando de um projeto de pecuária de baixo carbono do Instituto Centro de Vida (ICV), uma das instituições fundadoras do OCF. E explica que isto foi conseguido usando técnicas simples, como a aplicação de iodo nas tetas das vacas e o impedimento de que as vacas deitem no chão antes de ser ordenhadas.
Segundo o Financial Times, o uso de cotas pode impedir um aumento ainda das emissões de gases de efeito estufa causadas por desmatamento. E a adoção de boas práticas é uma oportunidade para que dezenas de milhares de produtores brasileiros reduzam as emissões do setor, que já responde por 13% das emissões mundiais (um terço do total das emissões brasileiras) e continuam a crescer.
E a implementação d0 Código Florestal – se bem feita – pode reduzir as emissões causadas pela mudança de uso da terra (transformação em pastagens ou campos agrícolas), com a recuperação de terras degradadas aliada à adoção de práticas sustentáveis e mais lucrativas no campo.
A matéria cita ainda o lançamento do WRI Brasil em parceria com a Embrapa e a Unicamp de uma ferramenta de cálculo de emissões para o Brasil – a primeira no mundo.
Leia aqui a íntegra da matéria (em inglês): http://on.ft.com/1j2EqSt
Leia aqui a matéria do Observatório sobre o Passivo Florestal no Brasil: http://localhost/obs/?p=1263
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